Uns anos atrás me propus ajudar uma pessoa da igreja que era bem complicada, um passado problemático, muitos traumas, realmente muitas coisas para vencer, um verdadeiro desafio.
Mas eu comprei essa briga e queria mesmo que ela mudasse e fosse diferente, ultrapassasse todas as dificuldades.Sempre conversava com ela e quando não via nenhum resultado a chamava de novo e eram mais horas de orientação, isso aconteceu varias vezes.
Só que no intuito de ajudar, eu comecei a ver como me tinha tornado chata e insistente, ainda que minhas intenções eram as melhores do mundo, pois também me desgastava e perdia tempo com ela, me deparei com uma novidade, por mais que eu me esforce, o querer sempre é da pessoa, ou seja se ela mesma não faz nada a respeito, tudo que eu lhe falar não vai adiantar de nada.
Só que demorou um pouco para me dar conta disso, eu pensava comigo mesma, ela tem que mudar, tantas palavras que lhe dou têm que fazer efeito, foi então quando veio a parte mais forte, Deus me mostrou que eu estava querendo tomar o lugar do Espirito Santo, aquilo foi um baque, mas me dei conta que a minha parte era ensinar, e eu deveria permitir o Espirito Santo agir, afinal não era eu que iria muda-la, mas sim Deus. Naquele momento era como se eu tivesse dito ao Espirito Santo: “Deixa que eu faço”; sabemos que não é pela força do braço, só Ele pode fazer o milagre do novo nascimento; nós temos nossos limites como seres humanos.
Foi uma experiência que eu tive e que serve agora para compartilhar com vocês e lhes dizer que tudo tem um limite, por mais que queremos ajudar alguém, já seja membro, obreira, esposa de pastor, não devemos impor nada à pessoa, nos cabe ensinar, orientar e exortar se for necessário, mas a decisão sempre será de cada um.
Estaremos tranquilas em saber que fizemos nossa parte, não fomos negligentes, agora se a pessoa é humilde para aceitar ou não, é uma escolha dela.
E você já quis ser o Espirito Santo na vida de alguém? Talvez do seu marido, filhos, amigos. Você sem se dar conta tem deixado de confiar em Deus e no intuito de ajudar, você quer impor as coisas, controlar a vida das pessoas, vigiar se ela ora, lê a bíblia, vai na igreja, pratica a palavra que escutou, etc.
Conte-nos a sua experiência, talvez você está agindo assim e nem se dá conta.
D. Tânia Rubim
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