terça-feira, 5 de março de 2013

Comportamento de Noiva de Pastor - 6


Oi amigas, para finalizar esta série gostaria de tocar num ponto importante, quando a família não apoia a sua decisão de servir a Deus, para isso segue o testemunho da minha amiga Cristina, é muito forte, vai ajuda-las muito.
“Meu nome é Cristina Silva tenho 38 anos e sou portuguesa, da cidade do Porto. Cresci numa família muito religiosa, conservadora e sempre fui submetida a uma educação muito rígida. Os meus pais chegaram a colocar-me num colégio interno de freiras, porque naquela altura era o lugar onde segundo eles eu teria a melhor educação e disciplina. O nosso lar era muito conturbado, os meus pais brigavam muito e se agrediam fisicamente na minha frente e de minha irmã mais nova.
Fui vítima de agressões físicas durante a minha infância e isso se prolongou até á minha adolescência. Vivia debaixo de um teto onde imperavam os maus tratos e castigos severos.
Isso fez de mim uma jovem revoltada, doente, triste, depressiva, muito tímida e com vontade de me suicidar, para mim a morte era a solução para tudo aquilo que vivia em casa. Um verdadeiro tormento.
Até ao dia em que pelo convite de uma tia, minha mãe chegou até á Igreja Universal, e logo em seguida fui eu.
Cheguei á Igreja como um trapo velho, uma jovem de 16 anos sem qualquer perspectiva para o futuro. Ali encontrei refúgio, era o único lugar onde tinha paz. Eu chegava a ir direto da escola para a Igreja, só para evitar o convívio com os meus pais, foi ali que conheci o meu Senhor Jesus que amo muito. Eu via no pastor e na esposa, a família que eu não tinha, me ajudaram muito na minha libertação.
Eu carregava dentro de mim muito ódio do meu pai, e também tinha muitos problemas espirituais, ouvia vozes e via vultos. Fui liberta de tudo o que me atormentava.
Logo a seguir veio o batismo nas águas, me entreguei sem reservas e começou a nascer dentro de mim o desejo de ser uma obreira. Eu admirava muito as obreiras e queria ser como elas, via as esposas dos pastores e desejava ser igual, pelos seus bons exemplos.
Foi então que tudo começou a piorar, desde que assumi a minha fé. Os maus tratos e insultos por parte do meu pai aumentaram, ele me deixava marcada com manchas negras, e sem forças para reagir, devido á força das pancadas. Chegou a quebrar a cana do meu nariz com um murro! Mas eu estava disposta a tudo, pois havia descoberto a minha maior riqueza e não ia abrir mão disso por nada. Estava disposta a passar pelo que fosse por amor a Deus e ás almas. O Senhor Jesus me livrou da morte várias vezes, eu sabia que Ele tinha um plano para mim. Nessas horas eu buscava forças em Deus, muitas vezes procurava o banheiro da escola e, de joelhos ali, pedia socorro a Deus. E era isso que me fortalecia, saber que Deus era comigo e iria transformar meu pai.
Foi então que recebi o batismo com o Espírito Santo e fui levantada obreira,  como meus pais não me deram dinheiro para comprar o uniforme, juntei o dinheiro do almoço  da escola durante 2 meses para poder adquirir o uniforme. O meu pai ameaçava-me de morte, para eu deixar de servir a Deus, muitas vezes corria atrás de mim com uma tesoura para cortar meu uniforme. Cheguei ao ponto de ter que o esconder  entre  o estrado da cama e o colchão, na hora de dormir, para que meu pai não descobrisse onde estava.
A minha sede por ganhar almas crescia a cada dia, mesmo diante de tudo isso eu consegui perdoar meu pai, pois passei a vê-lo como alma. Lembro de  tentar abraçá-lo e pedir perdão, mas ele permanecia frio e nunca permitiu uma aproximação. Na verdade ele via a minha mudança, mas o orgulho era mais forte do que ele!
Foi então que conheci o meu marido, um jovem pastor recém chegado no país e foi uma luta para o apresentar para  a minha família, enfrentamos racismo, discriminação e ainda mais sendo ele um pastor, ninguém queria acreditar na minha decisão, diziam que estava iludida e que me haviam feito uma lavagem cerebral. Eu fui contra a religião imposta pela família. Na verdade eu sabia quem estava por detrás de tudo aquilo, aquelas vozes acusadoras queria me fazer desviar do meu objetivo. Fui perseverante, não me deixei abalar, a certeza dentro de mim era tão grande que o Espírito Santo ia prover tudo, me fazia enfrentar tudo de cabeça erguida.
Tive momentos de fraqueza, sim, de muito choro, mas era de revolta contra aquela situação e me apoiei na comunhão com Deus. Tenho a certeza de que foi a dependência de Deus que me fez aguentar  até ao fim.
E foram longos 18 meses até ao dia do meu casamento. Como noiva de pastor procurava dar exemplo para as outras obreiras e também para a minha família em casa. Todos sabiam das minhas lutas, mas não deixava transparecer isso para o povo, pelo contrário eu tinha sempre um sorriso no rosto.
Na véspera do meu casamento meu pai me bateu tanto que me deixou marcada nos braços, pernas, apenas consegui proteger meu rosto. Aguentei todos estes maus tratos, mas nunca dei mau testemunho em casa, sempre fui obediente, trabalhadora, procurava não dar motivos para que meus pais me apontassem o dedo.
Eu estava definida, determinada no que eu queria, mas sabia que para ele aceitar o Senhor Jesus e a mim, eu não podia dar mau testemunho do que aprendia na Igreja.
Casei e segui fazendo a obra de Deus, por outros países (Brasil, Inglaterra, Suécia), atualmente estamos em Portugal. Este ano vamos completar 20 anos de casados e somos muito felizes.
Eu nunca desisti do desejo de servir a Deus no altar, por mais difícil que fossem as circunstâncias e tudo apontasse para desistir, nada me fez abrir mão da minha fé.
E se você se identificou com a minha história, o meu conselho é que você não desista de lutar pelos seus objetivos, assuma a sua fé e busque a direção de Deus para tomar a atitude certa.”
Obs: Não falei amigas que era forte? Para quem não sabe, o pr. Rogério, marido da Cristina foi quem realizou a cerimonia do meu casamento, quase 18 anos atrás, tenho muito carinho por eles, pena que não tenho uma foto aqui comigo para mostrar a vocês!!!
Se você também passa por lutas com a sua família por causa do seu sonho de servir a Deus no Altar, conte-nos como tem sido seu comportamento.

Blog D. Cristiane Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário

Número total de visualizações de páginas