domingo, 27 de novembro de 2011

O Vaso do Oleiro

Hoje quando estava participando da reunião das 9h30, enquanto o pastor pregava um coisa chamou muito á minha atenção.
Em Jeremias 18 diz: " Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo:
Dispõe-te, e desce á casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.
Desci á casa do oleiro, e eis que ele estava entregue á sua obra sobre as rodas.
Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe entregou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu".
No versículo acima mencionado podemos ver que Deus mandou Jeremias descer á casa do oleiro para ouvir as suas palavras e poder levar a sua mensagem ao povo de Israel e dizer-lhes que o Senhor ainda queria transformar o povo em bênção.
Então Deus manda que Jeremias vá até onde o oleiro está fabricando vasos e fique o observando o seu trabalho.
Depois de Jeremias descer á casa, ele viu o oleiro entregue á sua obra sobre as rodas,ele poderia ter questionado a Deus o porquê dele estar ali vendo um homem a trabalhar, mas ele não o fez pelo contrário obedeceu á sua voz. Nos dias de hoje a casa do oleiro representa a igreja, o oleiro representa Deus e o barro representa nós. Assim como Deus queria transformar o povo de Israel independentemente dos erros deles, Deus também nos quer transformar dando um nova forma á nossa vida.
Deus queria mostrar que assim como o barro que estava sendo moldado não tinha vontade própria nas mãos do oleiro, não podendo assim reclamar e dizer que não queria ser vaso mas sim outra coisa, assim teríamos que ser nós, porque desde o momento em que nós entregamos a nossa vida para Deus, Ele passa a ser o nosso oleiro e nós o barro, e como em cima mencionado o barro não tem vontades próprias, mas é o seu oleiro que lhe dá a forma fazendo dele no final uma linda peça.
Essa palavra chamou muito á minha atenção porque nós como "barro" não podemos reclamar e querer fazer as coisas do nosso jeito, mas tem que ser feito conforme o oleiro (Deus) quer.
Mas tudo isso requer um preço, o preço do Sacrifício, o negarmos a nós mesmos para fazer a vontade de Deus.
Podemos ver que quando um oleiro trabalha em suas obras ele por várias vezes tem que recomeçar de novo para que fique tal e qual como ele deseja, a mesma coisa acontece com Deus, se for preciso Deus começar de novo que assim seja, só que no final a obra Dele em nossa vida seja completa.
Reflita e questione-se se você tem sido barro ou não.
Se não tem sido a partir de hoje você tem essa chance de mudar e ser moldado e por fim tomar a forma que o oleiro tanto desejou.

Aqui ficam três mensagens que podemos tirar deste versículo:

1. Mensagem de esperança:

Quantas vezes nos sentimos distantes de Deus. Quantas vezes nos sentimos deslocados de todos os planos de Deus, da vontade, dos sonhos Pai pra nós. Temos a sensação que por conta de pecados e outras coisas Deus se afastou, e assim, o chamado, o ministério a comunhão com ele e tudo mais ficou longe, distante...
Israel estava assim. Estavam adorando a outros deuses, causando ira ao coração de Deus. O Senhor estava a ponto de trazer juízo sobre ele. Então Deus através de Jeremias nos traz uma mensagem de esperança, pois o vaso quando se estragava, nunca era jogado fora, o barro era amassado e voltava para a roda, e a obra era novamente iniciada. Era assim até que o barro assumisse a forma que o oleiro tinha em mente. Deus não nos joga fora, sua intenção é continuar trabalhando em nós até que assumamos a forma desejada. Há esperança para nós, mesmo em meio ao pecado, a situações difíceis vindas como fruto de escolhas erradas, há esperança...

     2- Mensagem de Submissão: 

A pergunta de Deus a Jeremias é diferente da pergunta a Ezequiel no Vale de ossos secos. Lá, Deus pergunta a Ezequiel: “Filho do Homem, estes ossos poderão tornar a viver?” A pergunta apontava pra Deus, tanto que Ezequiel responde: “Ó Soberano Senhor, só tu o sabes”. Em Jeremias, a pergunta aponta não para Deus, para seu poder, mas para o povo: “Ó comunidade de Israel, será que eu não posso agir com vocês como fez o oleiro?” Deus não estava perguntando a Jeremias se o profeta achava que Ele podia fazer a obra, mas sim se o povo permitiria que a obra fosse feita.
Veja, o vaso muitas vezes assumia uma forma diferente do projeto do oleiro, mas era uma forma. Nós, como vasos, temos uma forma, boa ou má, mas é uma forma. A pergunta é: estamos dispostos a sermos amassados para sermos refeitos na forma que Deus pretende? É isso que Deus está perguntando.
Não é simples ser refeito. Nos acomodamos com a forma que assumimos no decorrer do processo. Dizer sim ao Senhor é estarmos dispostos a abrir mão de coisas que hoje parecem ser o centro de nossas vidas. Dizer sim ao Senhor é estarmos dispostos a pagar um preço pela presença de Deus como nunca pagamos, é rever toda a nossa vida, nossas escolhas, nossas prioridades. E isso é muito difícil!
Observe a vida de Abraão. O vaso tinha forma. Ele era rico, tinha uma abençoada família, vivia num bom lugar, numa boa terra. Tudo ia bem. Mas a forma do vaso Abraão, não era a forma planejada por Deus. Por isso um dia Deus propôs amassar o barro. E como fez isso: “sai da tua terra, da tua parentela, da casa de teus pais e vai para uma terra que te mostrarei”.
Observe a vida Paulo. O vaso tinha uma forma. Paulo era um homem respeitado, o melhor naquilo que fazia, tinha uma vida muito tranqüila. Mas a forma do vaso Saulo não era a forma planejada por Deus. Como Deus amassou o barro? Derrubou-o da montaria e o fez mudar o curso de sua vida. O perseguidor se tornou um dos mais perseguidos da sua época.
É difícil esse processo, pois queremos que Deus siga os nossos padrões, ande pelos caminhos que nos determinamos, faça da forma que achamos melhor. Mas Deus tem os seus caminhos, os seus planos, as suas formas. Um autor chamado John Bevere, em seu livro “Debaixo de suas asas” diz: “É difícil entender os princípios do Reino com uma mentalidade democrática. Democracia é excelente para as nações do mundo, mas precisamos lembrar que o Reino de Deus é exatamente isso, um reino. É governado por um rei, e existe hierarquia, ordem e autoridade”.
Em outras palavras, no que tange o Reino de Deus, não cabe opiniões, sugestões, minha forma de ver, meu ponto de vista. Deus é o Rei, assim Ele faz como quer, a hora que quer, no lugar que quer, ele determina! O processo pode ser diferente do que eu acharia melhor, mas é necessário. Foi assim com o texto já citado de Ezequiel, quando Deus o leva para um cenário pouco aprazível: um cemitério, mas era necessário para que ele visse um numeroso exército sendo erguido. Foi assim como Jonas que nunca se imaginou no ventre de um grande peixe, mas só assim teria chance de se arrepender, é assim com a gente quando olha uma série de situações que nunca gostaríamos de ter vivido, mas foram necessárias para que vitórias nos alcançassem. Então é necessário submissão para entender esse princípio e deixar o oleiro fazer o que quiser com o vaso.


3. Mensagem de juízo:


A mensagem de toda a Palavra de Deus é uma mensagem de amor, de esperança, de alegria, mas não nos enganemos, é também uma mensagem de juízo. Precisamos ter em mente que a partir do momento em que Deus nos traz uma orientação, uma direção, Ele espera que a observemos. E a não observância desta orientação acarreta juízo de Deus sobre nossas vidas, pois “Ele zela por cumprir sua Palavra”. A Bíblia é clara em ensinar: “pois tudo que o homem plantar, isso também colherá” .
Assim é a mensagem do vaso nas mãos do oleiro. Deus mostra um vaso que pode e deve ser refeito, essa é a obra a ser realizada no povo de Israel. Deus está dizendo a eles: “Se vocês deixarem Eu os refaço conforme a minha vontade, se não quiserem serão destruídos”. Isso é o que mostra o verso 11.
O povo de Israel disse não a proposta de Deus (verso. 12) e por conta disso sofreram muito, exílios, humilhações, destruição. Muitas vezes nos questionamos sobre situações terríveis que experimentamos. Culpamos a vida, a Deus aos outros e deixamos de analisar as escolhas que fizemos. Não percebemos quantas vezes dizemos não a proposta de Deus em nos amassar e fazer-nos conforme sua intenção.
 
Na Fé..

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