sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Minha vida Sentimental quando tudo começou -1- Diário da Esposa de Pastor


Eu tinha voltado a colocar o uniforme (eu ainda não acreditava nisso). O que eu queria naquele momento era só servir o meu Deus e fazer o que Ele queria. Tive uma oportunidade abençoada de fazer um núcleo em uma escola, eu saia do meu trabalho as terças e quintas e ia direto pra esse núcleo. O trabalho que fazíamos lá começou a crescer, e o pastor enviou um obreiro para me ajudar. Eu cheguei fazer reuniões para 100 pessoas, era uma benção… naquele núcleo começou nascer dentro de mim, um desejo de servir a Deus no altar. Mas sempre comigo, tudo é diferente… eu queria servir a Deus como pastora… é isso mesmo rsrs... como pastora.

Eu sonhava acordada, imaginava eu no altar pregando e nunca como esposa de Pastor. Lembro que em reuniões na igreja que eu trabalhava de obreira, o meu pastor sempre chamava obreiros no salão para orar no microfone, eu ficava na seca querendo também, até que comecei. O pastor começou me chamar pra orar (eu e algumas obreiras). Eu já estava decidida ir para o altar e, o pastor falou que nada era impossível, eu estava na fé que iria como pastora.

Passou uns 2 meses, e veio uma ordem de que os obreiros tinha que ir para a reunião dos 70 apóstolos na sede regional. Eu tinha que ir, então continuei fazendo o núcleo nas quintas, e as terças ia para sede regional.

Lembro que a primeira vez que fui, eu fiquei espantada, primeiro, era uma reunião muito abençoada, vinha pessoas de outras cidades (multidão) no propósito de serem curadas, era muita gente em busca da cura, de orientação... eu não consegui, só ficar na reunião da 6pm eu também fiquei na das 8pm. Me senti usada naquelas reuniões, eu sai com o meu uniforme sujo de tantas pessoas que passavam mal, manifestavam com demônio. Eu não queria nem saber... eu estava lá para ajudá-las. A segunda coisa que fiquei espantada, era que eu não via muitas obreiras jovens, um querer de fazer as coisas, de ajudar, elas ficavam paradas na parede na hora da reunião, e depois entravam em hora em hora no banheiro para conversar. Meus Deus!!! Porque? Mas deixa pra lá, cada um é cada um, Deus sabe de tudo... por isso, mais uma vez não podemos jugar.

Eu comecei a ir as terças para a sede, e sempre ficava no banheiro ungindo as pessoas e depois ia trabalhar na reunião. Comecei a conhecer obreiras de todos os lugares, muitas bem legais, mas elas tinham um assunto que me incomodava e, várias vezes eu saia de mansinho, esse assunto era sobre vida sentimental.

Elas falavam que a benção dela estava na reunião (só porque havia 70 auxiliares), que elas não podiam ficar amassadas, suadas porque elas iriam perde a sua benção rs e, era a oportunidade delas para servir a Deus no altar, ao lado de um homem de Deus… teve um dia que eu fiquei tão revoltada... eu estava me trocando e elas só falavam disso, eu respirei fundo e não agüentei falei pra elas… vocês não acham que estão muito ansiosas? Vocês já viram a multidão que vem precisando de ajuda e, vocês aí ficam olhando os auxiliares?

Nossa!!! Elas queria me comer viva rsrs… uma delas me disse que eu estava falando aquilo porque eu queria dar uma de espiritual… a outra me disse, eu acho que você tem inveja de nós porque somos de Deus e bonitas, agora Graciele, você precisa melhorar a sua aparência minha filha… você precisa emagrecer( eu era gorda) esse óculos não combina com você(eu usava um óculos no formato de gatinho de 5 graus), se olhe primeiro menina, para depois querer falar alguma coisa da gente.

Sabe o que eu fiz? Nada… fiquei caladinha. Na verdade não tive ação, então continue indo e falando com elas, mas, não ficava mais perto, pois eu sabia que ali não seria bom eu ficar.

O meu esposo era um desses auxiliares que elas ficavam falando, na época eu não conhecia ele ainda.

Continua...

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