Ele precisa ser absolutamente humilde de coração, para ter ouvidos para ouvir a voz do Espírito Santo
Não há nenhum mistério para se
identificar o homem de Deus, principalmente nos dias de hoje, quando a
humanidade segue a passos largos e bem definidos para a sua própria
destruição, mostrando a infinita diferença entre os que são das trevas e
os que são da luz.
Não é difícil notar logo a diferença
entre aqueles que são de Deus e os que não são, pois os frutos do homem
de Deus são bem visíveis e notórios, mesmo para os que não têm
conhecimento nenhum de Deus, assim como os frutos daqueles que não são
de Deus também são logo identificados.
A luz e as trevas são distintas por
natureza, e qualquer um é capaz de identificá-las. Assim como pelos
frutos se conhece a árvore, também se conhece o homem de Deus.
A viúva de Sarepta tinha experimentado o
milagre da multiplicação, tanto da farinha quanto do azeite, quando
alimentou o profeta Elias. Todavia, somente pôde reconhecer nele um
homem de Deus quando ele orou e o Senhor lhe respondeu, restituindo a
vida do filho dela.
Foi diante deste fato que ela confessou,
dizendo: “...Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a
palavra do Senhor na tua boca é verdade.” (1 Reis 17.24).
Quando o homem é de Deus, a sua
consagração ao serviço do Senhor faz com que a Sua Palavra seja
verdadeira em sua boca. Aí está a diferença entre o homem de Deus e o
pregador da Palavra: da boca do homem de Deus flui espírito e vida,
quando profetiza a Palavra, enquanto daquele que apenas a prega somente
acontece de nascer carne.
A humildade
A humildade de espírito é o que mais
caracteriza o homem de Deus: ele é, por excelência, humilde de coração. A
sua humildade se exterioriza através da simplicidade, e não da pobreza.
A sua conduta simples o nivela ao seu
semelhante diante de Deus, e isto o faz grande aos olhos de Deus. Não
são poucos os filhos do diabo que procuram se enfronhar no meio das
ovelhas, com a vestimenta própria dos filhos de Deus, isto é, a
humildade exterior; todavia, no seu interior lhes é impossível ter a
humildade como virtude.
O homem de Deus considera a sua
sabedoria, capacidade, experiência própria e tudo o mais que a vida lhe
tem proporcionado como nada, porque o seu trabalho não é para homens,
mas sim para Deus.
Se o seu trabalho fosse para si mesmo,
ou para homens, então valeria a pena toda a sua capacidade e experiência
própria, mas como ele nasceu para servir a Deus, depende da orientação
divina para fazer a Sua Obra bem feita. O rei Davi, quando apresentou
seu filho Salomão como seu substituto para o reino de Israel, disse:
“...Salomão, meu filho, o único a quem
Deus escolheu, é ainda moço e inexperiente, e esta obra é grande; porque
o palácio não é para homens, mas para o Senhor Deus.” 1 Crônicas 29.1
A obra mais importante que Salomão
estava incumbido de realizar, mais do que reinar sobre Israel, era a
construção do Templo do Senhor, pois o povo, para ser forte, dependia do
Templo, que era a conexão entre Deus e o Seu povo.
Aquele era o lugar de encontro do povo
de Israel com seu Deus, já que a arca da aliança lá deveria estar para
sempre. Daí vemos que a tarefa que Davi tinha designado a seu filho era
de suprema importância.
Assim também é importante o trabalho que
o homem de Deus tem de realizar, pois a ele foi dada a incumbência de
construir templos de carne, para a morada do Espírito Santo.
Isto é tão importante que a sua
capacidade e a sua experiência tornam-se nulas diante da sua
responsabilidade. A construção dos templos não é para homens, mas para o
Senhor Deus!
Por esta razão é que o homem de Deus
precisa ser absolutamente humilde de coração, para ter ouvidos para
ouvir a voz do Espírito Santo.
Sem comentários:
Enviar um comentário